Uma grande festa está a ser preparada na capital, Luanda. Finalmente, o partido no poder e o seu representante máximo, o Presidente João Lourenço, podem celebrar o seu grande triunfo no campo da política externa – o estreitamento de laços com outros países que investem no Corredor do Lobito. Contudo, nem todos os angolanos veem nisso um triunfo.
Do alto da tribuna, diante de uma sala indumentada com a cor vermelha, o orador arrancou uma ruidosa salva de palmas à plateia, constituída por jovens, depois de ter anunciado uma possível vinda a Angola da Selecção argentina de futebol, por ocasião dos 50 anos de Independência Nacional.
Por todo o mundo, a profissão de mercenário tem sido um meio pelo qual militares da reserva encontram meios de fazer uma fortuna particular. Naturalmente essa profissão pode vir a ser um caminho sem volta, pois nem montanhas de milhões de dólares poderão trazer de volta uma vida perdida.
Nunca imaginei que a minha proposta infantil, proferida com a autoridade de meus catorze anos, enquanto conversava sobre política com uns amigos mais velhos de meu pai, seria uma proposta de um deputado da Assembleia Nacional e, muito menos, que seria publicada em jornal sem qualquer crítica.
A saída e entrada do governo de membros do MPLA, além de ser uma vertiginosa dança evasiva de cadeirados, mostra-nos também com clareza, que o regime de João Lourenço, respira com estrema dificuldade, com a oxigenação artificial emanada por máquinas de ventilação da mecânica.