A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana acusou dois cidadãos russos e dois nacionais, detidos em agosto passado, em Luanda, da prática de sete crimes, entre os quais o de espionagem, organização terrorista e financiamento ao terrorismo.
Os processos-crime contra os líderes das principais associações e cooperativas de táxis, assim como dos dois cidadãos russos detidos em Agosto pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), na sequência dos tumultos de Julho, que causaram pelo menos 29 mortos, mais de 200 feridos e mais de 1.500 detenções, continuam em instrução preparatória a nível da Procuradoria-Geral Repúblico (PGR), apurou o Novo Jornal.
Os cidadãos russos detidos em Angola em agosto deste ano permanecem em estado crítico, apesar da intervenção médica que confirmou que seu estado de saúde era inadequado para uma detenção no Hospital Prisão de São Paulo. Lev Lakhtanov e Igor Raktin continuam sob custódia.
Os dois russos e dois angolanos, entre eles um jornalista e um militante da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), foram detidos este mês pelas autoridades angolanas, acusados de crimes de terrorismo, financiamento ao terrorismo, associação criminosa e falsificação de documentos.
O eventual envolvimento de cidadãos russos, ligados ao grupo Wagner, em estratégias de desinformação e manipulação da opinião pública em Angola, abre uma nova janela sobre a atuação de Moscovo em África.