O líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, disse hoje que o ambiente político que se vive em Angola obriga a procurar espaços de diálogo, após uma audiência com o Presidente João Lourenço, quase três anos depois do último encontro.

A UNITA acusou as autoridades de violência contra os seus militantes na província do Bengo, durante uma vigília no sábado, acusações que a polícia nega, garantindo que a intervenção visou apenas dispersar os manifestantes.

O presidente da UNITA (oposição) disse que a suspensão do debate sobre o pacote legislativo eleitoral angolano indica que Angola "está a se aproximar de uma ditadura" e convidou os cidadãos a gritar bem alto pela paz.

Dezenas de deputados, militantes e simpatizantes da UNITA (oposição) concentraram-se esta noite em vigília, frente às instalações da rádio pública angolana em Luanda, "exigindo" liberdade de imprensa e transparência eleitoral, e lamentaram tentativas de impedimentos da polícia.

A UNITA (oposição) anunciou hoje que vai realizar uma vigília em frente à Rádio Nacional de Angola (RNA), quinta-feira, em Luanda, num convite à reflexão sobre a situação da liberdade de imprensa e de expressão no país.