Não me revejo como eleitora a votar no General Higino Carneiro para PR , por razões que na devida altura enunciarei , como também não votei no PR João Lourenço ( abstive-me) , porque não acreditava que rodeando-se quase das mesmas pessoas que enganaram o PR JES , dando maus pareceres e alimentando a corrupção e o tráfico de influência pudéssemos mudar para avançar .
Via de regra, o soba de uma aldeia tem de possuir inteligência, sabedoria e visão para que, na abordagem e tratamento de assuntos sensíveis e relevantes da sua comunidade, possa fazê-lo com o tacto suficiente para lhe permitir guardar segredos. Também deve ter tento na língua para que o pudor e o recato nas palavras que usa não lhe fujam. Assim deve ser um dirigente com responsabilidades máximas na esfera pública.
Faço parte dos que têm a putativa candidatura de Higino Carneiro para presidente do MPLA, como um “não assunto” para a nação, que tem tantos e tão ingentes problemas por resolver. Do mesmo modo que as de António Venâncio, ou de Manuel Homem e Adão de Almeida…
A democracia interna dos partidos políticos é, muitas vezes, o verdadeiro termômetro da vitalidade de uma nação. Num país onde o poder se concentra há décadas, a luta interna pode ser o prelúdio de uma transformação profunda ou, pelo menos, de um abalo estrutural. Estaremos num bom caminho quando os bilos destes confrontos internos, até então abafados começarem a emergir dentro dos próprios partidos.
O Presidente de Angola, João Lourenço, deu esta semana uma entrevista ao principal canal público de televisão. Bom, eu não sei se posso propriamente chamar aquilo uma entrevista. Aquilo foi mais um monólogo, interrompido algumas vezes pelo entrevistador bem comportado, dando dicas ou deixas ao Presidente para ele dizer aquilo que queria.