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Sexta, 01 Mai 2020 22:23

EUA autoriza emergencialmente uso de Remdesivir para tratar covid-19

Donald Trump e o CEO da farmacêutica Gilead durante reunião na Casa Branca Donald Trump e o CEO da farmacêutica Gilead durante reunião na Casa Branca

O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira, 1º, que a farmacêutica Gilead recebeu uma autorização emergencial da agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para o uso de remdesivir como tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo a própria agência, trata-se de um "importante avanço clínico".

Em carta para a empresa, o FDA afirmou que é razoável acreditar que os benefícios da substância superam os riscos para tratamento de pacientes hospitalizados com quadro grave da doença.

Durante uma reunião no Salão Oval com o presidente, o CEO da Gilead, Daniel O'Day, afirmou que a mudança é um importante primeiro passo e disse que a empresa estava doando 1,5 milhão de frascos do medicamento para ajudar os pacientes. O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse que as ampolas do remédio vão começar a ser distribuidas para hospitais na próxima segunda-feira, 4.

O antiviral remdesivir, que falhou anteriormente como tratamento para o ebola, está sendo testado contra a covid-19 porque foi projetado para desativar o mecanismo pelo qual certos vírus, incluindo o novo coronavírus, fazem cópias de si mesmos e potencialmente sobrecarregam o sistema imunológico de seus hospedeiros.

A Gilead disse na quarta-feira, 29, que o medicamento ajudou a melhorar os resultados para pacientes com covid-19 e forneceu dados sugerindo que funcionou melhor quando administrado mais cedo no curso da infecção. A farmacêutica defendeu as perspectivas do remdesivir em ajudar a combater a pandemia de coronavírus contra sinais de que ele pode não proporcionar um benefício significativo.

Um resumo do estudo divulgado inadvertidamente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada disse que a substância falhou em melhorar a condição dos pacientes ou reduzir a presença do patógeno na corrente sanguínea. A farmacêutica afirmou que as descobertas eram inconclusivas porque o estudo foi encerrado precocemente.

A droga, que tem sido observada de perto, mudou os mercados financeiros nas últimas semanas, após o lançamento de vários estudos que falavam sobre sua eficácia. O interesse no medicamento da Gilead tem sido alto, pois atualmente não existem tratamentos aprovados ou vacinas preventivas para a covid-19, e os médicos estão em uma corrida por algo que possa alterar o curso da doença que ataca os pulmões e pode afetar outros órgãos em casos extremamente graves.

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