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Terça, 09 Julho 2019 19:31

Diferença do valor do kwanza no mercado oficial e paralelo subiu de 20% para 30/40% – Governo

O ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola afirmou hoje que o “gap” entre o valor do kwanza no mercado oficial e no paralelo se situa atualmente entre os 30 por cento e 40 por cento, quando há cerca de três meses era de 20 por cento.

Manuel Nunes Júnior, que falava na sessão de abertura da 35.ª Edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), não fez referência ao valor anunciado há três, lembrando apenas que “em 2018, a diferença chegou aos 150 por cento”.

“O mercado cambial continua a seguir a tendência de normalização, sendo o sinal mais evidente a edução do ?gap’ entre a taxa oficial e a do mercado paralelo, quando hoje se situa em redor dos 30 a 40 por cento. Em 2018, esteve nos 150 por cento”, disse.

Segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA), a moeda angolana transaciona-se hoje próximo dos 390 kwanzas/euro, enquanto no mercado paralelo está a trocar-se a 520 kwanzas/euro (33,3 por cento de diferença).

Na sua intervenção, Nunes Júnior destacou o “empenho” do Governo no apoio ao setor privado angolano, razão pela qual a edição deste ano da FILDA se destina sobretudo aos empresários, que devem ser o motor do crescimento económico do país, sublinhando a importância de pôr cobro ao crescente endividamento, que já atingiu mais de 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Nos próximos anos, o executivo vai continuar a trabalhar para que os saldos orçamentais sejam nulos ou superavitários para inverter a tendência de endividamento do país e abrir espaço a que os bancos comerciais concedam mais crédito às empresas, sublinhou.

Nesse sentido, lembrou que, em 2018, a inflação prevista era de 28 por cento, mas acabou por ser de 18,6 por cento, prevendo-se que, em 2019, baixa para os 15 por cento e que prevê a manutenção da tendência de crescimento de 0,3 por cento ao longo de 2019, mais do que os 0,2 por cento registados no último trimestre de 2018.

A FILDA abriu as portas hoje de manhã na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda/Bengo, com a participação de 785 expositores, mais do dobro dos 372 que participaram na edição de 2018.

A 35.ª edição conta com a participação de 21 países, entre eles Portugal, que está representado no evento com cerca de três dezenas de empresas, e cuja inauguração contou com a presença do ministro adjunto da Economia, Pedro Siza Vieira, e dos secretários de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, da Economia, João Neves, e dos Negócios Estrangeiros, Teresa Ribeiro.

Sob o lema “Dinamizar o Setor Privado e Promover o Crescimento Económico”, a FILDA, que tem a Bielorrússia como estreante, tem expostos produtos e serviços ligados à banca, telecomunicações e tecnologias de informação, petróleos, transportes e logística, indústria e turismo, construção civil, intermediação imobiliária e agricultura, entre outros.

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