O presidente da Câmara de Comércio Angola-Brasil (CCAB) defendeu hoje o regresso do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola para ajudar o país nas reformas económicas e controlar a desvalorização da moeda nacional, o kwanza.
O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) considerou hoje que depois do terceiro aumento consecutivo dos preços em Angola, para 12,12%, em julho, a inflação vai continuar a subir.
Para travar a depreciação da moeda nacional,o banco central limitou a oferta de liquidez aos bancos e obrigou as petrolíferas e diamantíferas a deixarem de vender moeda estrangeira directamente aos grandes bancos.
A consultora Capital Economics reviu a previsão de crescimento para Angola, antecipando agora uma expansão de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), seguida de estagnação em 2024, com a inflação acima de 25% no final do ano.
A agência de notação financeira Standard & Poor's manteve hoje o rating de Angola em B- com perspetiva Estável, descendo o crescimento para 0,9% este ano e antevendo uma forte subida da dívida pública, para 93% do PIB.
Ao longo dos anos, os sucessivos governos criaram quatro fundos financiados por receitas do petróleo, com um valor global de 15,3 mil milhões USD, mas que entretanto foram descapitalizados ao ponto de perderem 12,1 mil milhões USD até final de 2021. FSDEA nunca deu o passo da estabilização fiscal.
O barril do petróleo Brent está esta manhã a ser comercializado acima dos 85 dólares norte-americanos. Quanto à moeda nacional, valorizou ligeiramente face à europeia, que está a ser comercializada a 897,8 kwanzas, mas não sai dos 825 kz por dólar desde o início da semana.