A TAP vai restringir a venda de bilhetes em Angola devido à escassez de dólares. O país, altamente dependente da exportação de petróleo, está a sofrer com a desvalorização do produto.
A Economist Intelligence Unit reviu em baixa a previsão de crescimento para Angola, prevendo agora que a economia cresça apenas 3,9% este ano, face a uma previsão inicial de 4,4%, devido aos preços do petróleo.
De notas entre os dedos, a chamar clientes, passam os dias sentadas na rua aguardando por dólares para trocar, mas nunca a vida das 'kinguilas' de Luanda esteve tão difícil, sem divisas para alimentar o mercado informal e um negócio que cria famílias inteiras.
O “aperto” financeiro em Angola, resultado da queda das receitas do petróleo, começa já a fazer-se sentir. Os bancos angolanos, que contam agora com menos moeda estrangeira, já começaram a informar os clientes de restrições severas a transferências financeiras e uso de cartões de crédito.
O Banco Nacional de Angola e o Governo estão a estudar medidas para "mitigar" os efeitos da redução da cotação internacional do petróleo, face aos constrangimentos no acesso a divisas que se registam no país.
O novo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais Júnior, disse hoje que os "fundamentos macroeconómicos" do país "mantêm-se sólidos e sob controlo", apesar das dificuldades provocadas pela queda da cotação internacional do petróleo.
O Banco Nacional de Angola (BNA) refutou hoje, quinta-feira, as informações veiculadas por alguns órgãos e redes sociais, segundo as quais terá orientado os bancos comerciais a aplicarem restrições na realização de operações cambiais e utilização de cartões de pagamento, como resultado da redução do preço do barril de petróleo no mercado internacional.