Alegados assassinatos de Isaías Cassule e Alves Kamulingue originam novo protesto na capital angolana para mostrar indignação perante a situação do país. Apelo à manifestação partiu da UNITA.
A necessidade da consolidação do processo de paz, da democracia e promoção do respeito pelas diferenças políticas e religiosas constitui o principal compromisso do secretariado provincial da UNITA no Huambo.
A UNITA, à luz do artigo 47 da Constituição da República de Angola, convocou uma manifestação nacional com o objectivo de exprimir a indignação dos angolanos contra as torturas e mortes de cidadãos inocentes por pessoas afectas ao Estado angolano.
Comunicado de Imprensa
Há 18 meses que os corações das famílias de Alves Kamulingui e Isaías Kassule, pungem de tristeza e incerteza pelo destino dos seus filhos. A eles, se associou a sociedade civil e os partidos políticos nomeadamente a UNITA.
Há. Onze anos que o pais está em paz e nesse período assistimos a assassinatos seletivos de cidadãos angolanos, perante o Olhar silencioso e de algum modo cúmplice das instituições do Estado.
A declaração do MPLA/JES em primeiro lugar não nos representa a todos os membros do MPLA, por outro lado e demonstrativo o medo que se entranhou nas hostes da elite do MPLA/JES, primeiro veio a terreiro o membro do comitê provincial de Luanda do MPLA/JES Norberto Garcia fazer através da “RNA” radio nacional de Angola declarações que propiciavam um outro pronunciamento mais contundente que veria através do atrapalhado bureau politico do MPLA/JES com os mesmos dizeres estupidamente feitos deficientemente por Norberto Garcia.
A braços com a crise, a antiga metrópole tornou-se um “supermercado” onde os novos milionários da ex-colónia, a começar pela família do Presidente José Eduardo dos Santos, fazem as suas compras nos setores da banca e do imobiliário. Mas, em Lisboa, começam a surgir preocupações quanto à origem duvidosa de alguns capitais, revela o “Mediapart”, num inquérito que publicamos em duas partes.
O secretário do comité provincial do MPLA para organização e mobilização periférica e rural, Bento dos Santos "Kanganba", afirmou nesta terça-feira que a manifestação convocada pela UNITA, para o dia 23 deste mês, é um mero acto de aproveitamento político.
Não interessa se Alves Kamolingue e Isaías Cassule foram atirados no rio ou não, tal como afirmou a notícia do Club-K divulgada na semana passada, “o que nós exigimos é que o Estado diga alguma coisa e emita a certidão do óbito dos dois activistas”, afirma Salvador Freire, presidente da Associação Cívica Mães Livres que defende as famílias de Kamolingue e Cassule.
O antigo chefe da bancada parlamentar da FNLA, Ngola Kabangu, advogou que "chegou a hora de passar o testemunho", numa reacção à entrevista do Presidente da República à TVBand.