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Terça, 08 Dezembro 2015 20:00

Angola inaugura Siderurgia que vai produzir 300 mil toneladas/ano

A Siderurgia da Comuna da Barra do Dande, na província do Bengo, avaliado em 300 milhões de dólares norte-americanos, vai ser inaugurada no próximo dia 15 deste mês (Dezembro), informou hoje, em Luanda, o presidente da empresa Georges Choucair.

De acordo com o responsável da empresa Aceria de Angola (ADA), que falava numa conferência de imprensa, do valor do projecto 50 porcento pertence aos investidores e os outros 50% foram adquiridos através de empréstimos bancários, com linhas de crédito externo.

A fábrica, que conta com 70 porcento de accionistas angolanos e 30% de estrangeiros, a sua construção iniciou em 2012 e a produção experimental de aço arrancou em Setembro deste ano (2015).

Segundo o gestor, a fábrica, construída numa área de 150 mil metros quadrados, com uma capacidade de produzir 300 mil toneladas de aço/ano, vai consumir 50 MW de energia eléctrica.

Sobre a matéria-prima para sustentar a produção, segundo Georges Choucair, a primeira fonte é a sucata recolhida em todo território nacional, que depois é misturada com o cal e liga de aço que importado, para a produção de aço.

Salientou que inicialmente vai concentrar a sua atenção na produção de varão de aço, para posteriormente produzir fio e malha sol, para fornecer as outras empresas nacionais e não só, que operam no mercado nacional.

Para a sua construção foram consumidos entre  40 a 50 mil toneladas aço.

Para a construção da referida fábrica, segundo o gestor, foram necessários mais de 60 mil metros cúbicos de betão, mais de 60 quilómetros cabos eléctricos tirados do município do Cacuaco na província de Luanda para o local onde está instalada a empresa.

Disse que os testes realizados correspondem as normas estabelecidas internacionalmente, como da Europa, Brasileira e Inglesa. Disse que em conjunto com o ministério da Industria, estão a trabalhar para criar uma norma angolana.

Disse na conferência que ainda neste mês, a empresa vai receber uma delegação de organismos internacionais, para inspeccionar e certificar o aço produzido na fábrica, motivo pelo qual, a empresa ainda não vende o seu produto.

Em termos de retorno de capital, a direcção da empresa prevê recuperar dentro de cinco anos. E até 2019 prevê-se produzir um milhão de toneladas aço por ano, com um investimento adicional de 500 milhões de dólares americanos.

Depois de ser certificada, a empresa prevê exportar para os países limítrofe, como Zâmbia, Congo Democrático, Congo e noutros países.

A empresa conta com 560 trabalhadores dos quais, 90 expatriados que dentro de três anos poderão ser reduzidos até apenas 10 estrangeiros.

ANGOP

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