O gestor, que se referia à Revisão da Programação Macroeconómica Executiva do ano 2023, sublinhou que o saldo deficitário da Balança de Pagamentos estará no valor de 319 milhões de dólares, com as Reservas Internacionais a fixarem-se em USD 13 943,30 milhões, equivalente a 7,11 meses de importações de bens e serviços.
Álvaro David, que falava no habitual briefing do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), sublinhou que o documento, aprovado a 9 de Agosto, pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, avalia o desempenho das variáveis macroeconómicas até ao I semestre de 2023, e antecipa o desempenho macroeconómico nacional nos períodos subsequentes do ano de 2023.
Disse que, tendo em conta o comportamento esperado para as variáveis exógenas, o Governo adoptou medidas de gestão macroeconómicas exigíveis, com vista a assegurar a realização dos objectivos previstos nos principais documentos programáticos, com realce para os constantes no Orçamento Geral do Estado (OGE/2023).
O director Nacional para o Planeamento salientou que ainda prevalecem elevados riscos ao desempenho macroeconómico, devido à situação geopolítica actual, a redução da produção petrolífera, a cativação das despesas de capital e de bens e serviços e o aumento do serviço da dívida em decorrência da variação cambial.
Afirmou que se recomenda a implementação imediata e efectiva das medidas de estímulo à economia e dinamização do seu potencial, no âmbito do processo da diversificação económica aprovados, recentemente, que visam aumentar a produção interna dos produtos essenciais de amplo consumo, de modo a reduzir o nível geral de preços e a taxa de desemprego.
No que diz respeito ao Plano Nacional de Desenvolvimento (PDN) 2023-2027, Álvaro David informou que o documento encontra-se concluído a nível técnico, aguardando que, ainda este mês, seja apreciado em sede das comissões de especialidade do Conselho de Ministros.
Notou que o PDN 2023-2027 é o primeiro instrumento de médio prazo para a implementação da Estratégia de Longo Prazo 2050 (ELP 2050) recentemente aprovada, e apresenta uma nova abordagem focada no impacto das acções (projectos e actividades de desenvolvimento) a serem implementadas nos próximos quatro anos, permitindo deste modo, a implementação de orçamentos-programa.