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Segunda, 15 Setembro 2014 10:53

Venda de divisas pelo BNA em queda

A venda direta de divisas do Banco Nacional de Angola (BNA) aos bancos comerciais atingiu na última semana mínimos de vários meses, acentuando a queda da semana anterior, indicam dados daquela instituição consultados hoje pela Lusa.

De acordo com o relatório sobre a evolução dos mercados monetário e cambial relativo à semana de 08 a 12 de setembro, estas vendas de divisas desceram para 216 milhões de dólares (167 milhões de euros) neste período. Foram realizadas a uma taxa de câmbio média de referência do mercado cambial interbancário de 97,981 kwanzas por cada dólar, uma subida de 0,23 por cento face ao período anterior.

Este volume de vendas, um dos registos mais baixos do ano em curso, compara com o valor também mínimo da semana anterior, que já tinha descido para 347,1 milhões de dólares (267 milhões de euros).

As vendas de divisas pelo BNA estavam a cifrar-se, nos últimos meses, em cerca de 500 milhões de dólares semanais.

Esta quebra na venda de divisas à banca comercial angolana em setembro coincide com notícias, divulgadas nos últimos dias em Luanda, apontando que o BNA está a preparar regulamentação determinando que as petrolíferas que operam no país vão ser obrigadas a vender os dólares ao banco central e à taxa de câmbio de referência.

A medida pretende impedir um desequilíbrio no sistema cambial nacional, travando estas empresas de venderem moeda estrangeira (dólares) aos bancos comerciais, centralizando a operação no BNA.

Na última semana de agosto, as vendas de divisas atingiram os 457,9 milhões de dólares (353,5 milhões de euros). Em todo o mês de agosto, essas vendas do BNA ascenderam a mais de 2.000 milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros), segundo dados oficiais compilados pela Lusa.

Desde maio último que o aumento nas vendas de divisas é justificado pelo BNA com as quebras nas receitas do setor petrolífero e consequências nas restantes operações, como dificuldades dos bancos em satisfazerem pedidos dos clientes para levantamentos em dólares, impondo limitações em alguns casos.

A nova Lei Cambial para o Setor Petrolífero e alterações nas regras de importação de dólares por parte dos bancos são também apontadas como estando na origem das dificuldades.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana a seguir à Nigéria, atividade que representa mais de 90 por cento das receitas fiscais angolanas.

LUSA

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