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Terça, 01 Setembro 2020 15:36

Clube de Paris suspende pagamento da dívida de Angola

Luanda tem agora de obter de todos os outros credores oficiais bilaterais, nomeadamente da China, um tratamento do serviço da dívida que esteja em linha com o acordado com o Clube de Paris.

Os representantes dos países credores do Clube de Paris confirmaram a suspensão dos pagamentos dos encargos da dívida de Angola relativos ao período de 1 de maio e 31 de dezembro 2020, de acordo com o comunicado da instituição.

A nota revela que Angola terá de usar esse dinheiro para “mitigar o impacto sanitário, económico e social da crise da covid-19”. O país também se comprometeu a procurar todos os outros credores oficiais bilaterais para obter “um tratamento do serviço da dívida que esteja de acordo com a folha de termos acordada” com o Clube de Paris.

A decisão tomada no âmbito da DSSI (Iniciativa para Suspensão do Serviço da Dívida) obriga Angola a obter de todos os outros credores oficiais bilaterais um tratamento do serviço da dívida que esteja em linha com o acordado com o Clube de Paris. Em causa está fundamentalmente a China, o principal credor de Angola, que não faz parte do Clube de Paris mas integra o G20 no âmbito do qual foi adoptada a DSSI.

De acordo com números do Banco Mundial, Angola pode poupar até 2,6 mil milhões USD com esta decisão.

O acordo foi firmado pela Bélgica, Canadá, França, Itália, Japão, Holanda, Coreia do Sul, Espanha Reino Unido e EUA. Participaram ainda, como observadores a Austrália, Áustria, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Israel, Noruega, Rússia, Suécia e Suíça.

O Clube de Paris tem como objectivo ajudar a nível financeiro os países com dificuldades económicas. Foi fundado em 1956, tem sede em Paris e é composto pode 22 membros.

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