As informações sobre as negociações foram divulgadas pelo portal angolano “Expansão”. Segundo o veículo, o objetivo do governo angolano é que a estatal do petróleo assuma o controle majoritário da empresa de telecomunicações.
A participação da Oi na empresa, posta à venda como parte da reestruturação da companhia dentro do seu plano de recuperação judicial, também é disputada por empresas privadas.
A Vidatel, holding controlada pela empresária angolana Isabel dos Santos a filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, fez proposta de US$ 850 milhões.
Segundo fontes, as negociações entre Sonangol e Oi estão na fase final. A expectativa é que o negócio seja fechado nos próximos dias, viabilizando uma quantia útil para o pagamento de dívidas da tele brasileira.
As negociações se arrastam desde ano passado, com a dificuldade de um acordo sobre o preço pelas ações da Unitel. Os acionistas controladores da tele angolana, que também são ligados a Isabel dos Santos, queriam pagar menos à Oi. Na negociação, a Oi também queria garantias de que poderia selar o acordo fora do país africano para superar limitações à remessa de recursos ao Brasil.
— O negócio precisa ser fechado fora de Angola, pois lá dentro o dinheiro do negócio não consegue sair do país porque há controle de capital. Esse é o ponto final dessa negociação — disse uma fonte.
O GLOBO