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Quinta, 14 Novembro 2019 22:47

Secretário de Estado para a Economia destaca apreciação do kwanza em 26%

O secretário de Estado para a Economia de Angola regozijou-se hoje com os resultados da política de liberalização da taxa de câmbio, que nos últimos quatro dias, já permitiu uma apreciação da moeda nacional no mercado informal.

"O ‘gap' entre o mercado formal e o primário já está outra vez a regularizar-se na ordem dos 26%. Houve um distanciamento muito grande e já há um movimento apreciativo. Já vemos que a depreciação no primário vai sendo cada vez mais lenta", disse Sérgio Santos.

O governante, que falava no lançamento do Guia do Investimento em Angola, compilado pela AmCham Angola em parceria com a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), disse que já é visível um momento de ajustamento do kwanza em relação ao dólar e ao euro.

Em finais de outubro, o Banco Nacional de Angola anunciou a liberalização da taxa de câmbio, removendo a margem de 2% imposta à comercialização de divisas, entre outras medidas de política monetária.

"Estamos muito próximos de encontrar outra vez uma situação de um país normal. Um país não é normal com uma taxa de câmbio subsidiada e com uma distorção da alocação dos recursos cambiais, que não atendem aquelas que são as necessidades", referiu.

Segundo o governante angolano, durante muito tempo uma limitação grande ao investimento era a questão do repatriamento dos dividendos dos investidores, salientando que "com uma taxa de câmbio de um país normal isso é possível".

"Um país normal não importa bens e serviços que é competitivamente mais barato, mais económico, produzir internamente. Isso só acontece numa economia distorcida e nós estamos a caminhar para uma economia normal, onde os investidores vão poder transferir os seus dividendos, tendo os kwanzas suficientes para fazer as operações, onde as pessoas podem lidar com os bancos e não fazer câmbios nas ruas", frisou.

Relativamente ao guia lançado hoje em Luanda, Sérgio Santos considerou uma iniciativa importante, realçando que o mesmo vai repercutir-se na entrada de investimento norte-americano em Angola, depois de "alguns anos de distanciamento".

"O guia foi prefaciado pelo Presidente da República em 2018, quando foi ao Estados Unidos da América e teve um encontro com os empresários americanos e na circunstância a AmCham apresentou este guia aos empresários americanos", lembrou.

O secretário de Estado admitiu que as trocas comerciais entre os dois países está ainda aquém dos desejado, contudo, "do dia para a noite as relações estratégicas e comerciais têm um desfecho muito interessante".

"É uma parceria muito forte entre empresários americanos e angolanos que estão a trazer aquilo que precisamos, instrumentos para promover Angola no exterior", disse.

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