Toma igualmente posse, nas mesmas funções, a poetisa luso-moçambicana e investigadora científica na área das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Ana Mafalda Leite.
Com a posse das duas académicas, fica preenchido o quadro dos quatro correspondentes da AAL em Lisboa, depois de, em 24 de Maio último, terem sido investidos nessas funções os docentes universitários Salvato Trigo e Pires Laranjeira.
Natural de São Tomé e Príncipe, também membro da Comissão de Redacção da História da Literatura Angolana, Inocência Mata é especialista em literatura africana e doutorada pela Universidade de Lisboa.
É membro fundador da União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe (UNEAS), sócia honorária da União de Escritores Angolanos (UEA), membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa - Classe de Letras e da Academia Angolana de Letras.
Em 2018, foi nomeada Correspondente da Academia Galega da Língua Portuguesa, pendente da tomada de posse.
Autora de uma vasta produção literária e científica, tem fortes ligações a Angola, país onde residiu e fez parte dos seus estudos, antes de fixar residência permanente em Portugal, a partir de 1980.
Ana Mafalda Leite nasceu em Portugal, mas viajou para Moçambique, ainda muito nova, onde frequentou a Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo.
Depois de uma estadia prolongada naquele país, regressou a Portugal, onde passou a exercer funções de docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
A Academia Angolana de Letras (AAL) tem como foco questões relacionadas com o estudo e a investigação da literatura angolana, da língua portuguesa, das línguas angolanas, assim como a relação entre elas.
Com o seu estatuto editado no Diário da República n.º57 III Série de 28 de Março de 2016, a associação privada sem fins lucrativos, de carácter cultural e científico, teve como outorgantes constituintes os escritores angolanos Henrique Lopes Guerra, António Botelho de Vasconcelos e Boaventura da Silva Cardoso.
A academia tem como patrono o primeiro Presidente da República de Angola, Agostinho Neto, e admite como membros os fundadores, efectivos e beneméritos, para além de colaboradores com a categoria de correspondentes, estes últimos podendo ter nacionalidade diferente que as dos restantes membros.