Os partidos UNITA, PRS e FNLA entregaram hoje no Tribunal Constitucional de Angola pedidos individuais de impugnação dos resultados das eleições gerais de 23 de agosto, das quais foi vencedor o MPLA, com 61,07% dos votos.
A 21 de Setembro teremos um novo presidente, depois de 38 anos de José Eduardo dos Santos. A Comissão Nacional Eleitoral, sem o apuramento legal dos votos em 15 das 18 províncias, já certificou João Lourenço como presidente-eleito. O MPLA vai continuar a governar, mantendo-se 47 anos no poder. Quem acha que a lei tem algum valor quando estão em jogo os interesses dos mandantes do MPLA, desengane-se.
Por Rafael Marques de Morais
As forças políticas concorrentes às eleições gerais angolanas de 23 de agosto têm até o dia 23 deste mês para apresentarem contas da verba que lhes foi atribuída para o processo eleitoral.
Eleições em Angola: novo ciclo ou manutenção da corrupção? Posições do jornalista e ativista Rafael Marques e da embaixadora de Angola junto da União Europeia, Elizabeth Simbrão.
As igrejas devem deixar o processo eleitoral correr todos os seus trâmites legais antes de tomarem uma posição sobre o apelo da oposição para servirem de mediadores, disse o Reverendo Daniel Ntoni Nzinga, da Igreja Evangélica Baptista.
FNLA em queda está reduzida a um deputado na Assembleia Nacional mas presidente diz que não responde a "boatos"
O ministro da Educação de Angola disse hoje, em Luanda, que 25% da população angolana ainda é analfabeta, mas apesar da crise económica e financeira que o país enfrenta, 500.000 pessoas estão a ser alfabetizadas em todo o país.
Os Estados Unidos congratularam hoje Angola pela realização de eleições "ordeiras", mas defenderam que as preocupações dos partidos da oposição devem ser atendidas num próximo escrutínio.
Arrastados pelo turbilhão de épocas remotas enfeitiçadas pela guerra, informados de modo unilateral de que a guerra é a única espingarda capaz de fazer o poder num facto, sem percepção quanto às grandes transformações que já se realizaram ou se começam a realizar através da paz e sem vislumbre do futuro que já se está a configurar num amanhã verdadeiramente risonho, desencaminhado o povo vítima de quase tudo quanto os senhores de armas pensam, fazem refém a opinião pública, o desejo público e a vontade pública que se fez expressa de forma clara nas urnas, andam no significado por eles atribuído à expressão da guerra como arma opressora e a única com valor dos juízos que formam para chegar à cadeira da cidade alta.
Por João Henrique Hungulo