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Quarta, 20 Julho 2016 13:01

Amnistia não pode abranger “os crimes económicos e financeiros - UNITA

Declaração de voto da lei de amnistia

O Grupo Parlamentar da UNITA votou abstenção à Lei da Amnistia por entender que não devia obstaculizar o perdão dos cidadãos que têm os seus processos ainda em fase de instrução, portanto processos com presos preventivos também, para além daqueles que efectivamente já estão condenados.

Declaração de voto da lei de amnistia

O Grupo Parlamentar da UNITA votou abstenção à Lei da Amnistia por entender que não devia obstaculizar o perdão dos cidadãos que têm os seus processos ainda em fase de instrução, portanto processos com presos preventivos também, para além daqueles que efectivamente já estão condenados.

Votámos abstenção a esta Lei, em virtude de ter apresentado propostas de melhoramento da proposta de lei, no sentido de preservar os interesses da colectividade, no que aos crimes económicos e financeiros diz respeito.

Fizemos a proposta de a amnistia não abranger “os crimes económicos e financeiros em que o lesado seja o Estado, salvo se o agente tiver ressarcido os danos casuados ou venha a fazê-lo, no prazo de um ano”, a nossa proposta não foi acolhida.

Entendemos que os crimes lesivos aos interesses económicos do Estado não foram praticados na mesma medida por todos que neles se envolveram, havendo, pois a necessidade de a lei vir a ser aplicada a cada caso em concreto, o que não será possível.

Defendemos que o maior interesse do Estado na questão dos crimes lesivos aos interesses económicos, não deve ser punir os infractores, mas sobretudo reaver os montantes desviados do erário, pois fazem faltam para a resolução dos problemas do povo nos hospitais, escolas, no saneamento básico igualmente na resolução do problema de acesso à água potável, à energia eléctrica, à assistência médica e medicamentosa, que poderia salvar muitas vidas nos últimos tempos.

A UNITA entende, e por isso votou abstenção, que a actual situação carcerária impõe a concordância com esta lei de Amnistia, pois as nossas cadeias não têm condições logísticas para manter os cidadãos presos em condições dignas, por falta de meios para garantir a saúde, higiene e alimentação digna para os detidos, numa flagrante violação da dignidade da pessoa humana, princípio basilar da nossa república.

Muito obrigada!

 

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