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Sexta, 17 Junho 2016 11:01

Petrolífero: Grevistas detidos em Cabinda e "espera" policial na Baía de Luanda

Os mais de 100 grevistas das sondas DS7, DS8 e 109 da Ensco, que estavam a operar no Soyo e em Cabinda, respectivamente, estão de regresso a Luanda, depois de pelo menos 41 terem sido detidos na noite de ontem para interrogatório.

Orientados pela direcção da Pride Ensco a seguir do aeroporto directamente para os escritórios da empresa, na capital, os trabalhadores - que neste momento ainda aguardam pela chegada de uma das três equipas grevistas - foram surpreendidos pelo aparato policial na Baía de Luanda.

"Mais de 10 polícias amanheceram na base da Sonils à espera", adianta um dos funcionários da Ensco, que falou ao Novo Jornal online em representação do colectivo de grevistas.

Descrevendo um cenário de crescente intimidação - "os polícias que subiram para as sondas, no Soyo, estavam fortemente armados" -, os trabalhadores acusam a empresa de assumir uma postura de força, em vez de aceitar a via do diálogo.

"Os agentes ouviram a chefia e também alguns dos nossos membros. Segundo aquilo que nos informaram, eles receberam um alerta de emergência, dizendo que nós fizemos os "pulas" de reféns, que houve sangue, actos de vandalismo e por aí afora", conta um dos trabalhadores da sonda DS8, que já está de regresso a Luanda.

Apesar de nas últimas horas os protestos terem endurecido, e de 41 grevistas terem sido detidos para interrogatório - foram entretanto libertados -, os trabalhadores reiteram que sempre privilegiaram e continuam a privilegiar o diálogo.

Em causa está a negociação de actualizações salariais dos contratos indexados ao dólar, que há mais de um ano estão a ser pagos muito abaixo do câmbio do Banco Nacional de Angola, contrariando o que diz a lei.

Novo Jornal

 

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