Segundo afirmou Rosalina Domingos, porta- voz do INAC, os presumíveis autores do acto não foram ainda identificados, pelo que a vítima se encontra numa unidade hospitalar a receber tratamento, dado o estado crítico em que se encontra.
Mais dados sobre o caso não foram passados pelo INAC, que identificou, durante a semana em epígrafe, 16 casos de abuso sexual. Na capital do país, uma criança de cinco anos, do sexo feminino, foi abusada por um vizinho de 62 anos, que se aproveitou do facto de a mãe da vítima ser comerciante de bebidas e refeições em casa e o mesmo ser um cliente assíduo na mesma residência, o que o permitiria aproveitar-se da distracção da senhora para consumar o acto e, posteriormente, ser pego em flagrante delito.
Já o segundo caso, na mesma província, trata-se de uma adolescente de 17 anos, abusada pelo vizinho de 37 anos, por sinal funcionário público. Por sua vez, o acusado pratica o acto desde os 14 anos da menor, sendo que, segundo o INAC, do primeiro abuso resultou uma gestação, sendo que o filho tem dois anos de idade.
E sobre abuso sexual não é tudo, como deu a conhecer Rosalina Domingos, porta voz do INAC, já que uma adolescente de 16 anos, no municipio de Cambambe, provincia do Cuanza Norte, tem sido constantemente agredida sexualmente por um cidadão de 60 anos. Este aliciava a vítima com valores monetários, e a prática constante deu origem a uma gestação, cujo bebé tem dois meses.
No que toca às agressões físicas, uma cidadã, no município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, é acusada de agredir uma menor de seis anos por esta ter feito uma brincadeira com o filho. De acordo com a denúncia dirigida ao Instituto Nacional da Criança (INAC), a mulher terá queimado o braço e o rosto da criança.
A acção terá originado de uma brincadeira, que envolveu a vitima e o filho da agressora, quando a primeira, enquanto brincava, colocou uma colher quente no braço do amigo. De seguida, a mulher, cujos dados pessoais não foram revelados pelo INAC, como forma de represália, espancou a menor de seis anos, acendeu o fogão e, tendo colocado um garfo no lume, impôs sobre o rosto e o braço da mais nova.
Ao que apontou o INAC, o acto deixou a menor com queima duras graves, sendo apenas um dos très casos de violência contra crianças, ao longo da última se mana, destacados pelo instituto na província de Luanda, que registou mais de 100 casos. Dois dos três casos tidos como principais na cidade capital, ao longo do período supracitado, são relatos de abusos sexuais contra menores.
Foram mais de 600 os casos de agressão (sexual e fisica) contra crianças registadas pelo INAC, em todo país, no período de 19 a 25 de outubro, dentre os quais 122 de fuga à paternidade e disputa de guarda, 81 casos de trabalho infantil, 57 de violência fisica e psicológica e 16 casos de abusos sexuais e outros.

