De acordo com o comunicado da UPRA, tal interferência, supostamente negativa, interrompeu o bom funcionamento da mesma, quer na dinâmica administrativa, bem como académica e científica.
O mesmo documento dirigido aos estudantes bolseiros, dá conta que a Universidade não tem condições de entregar as declarações de confirmação e frequência aos estudantes, pelo que não se responsabilizará pelos danos causados.
Por sua vez, a Associação dos Estudantes desmente as acusações da instituição, alegando que o estabelecimento de ensino, na verdade, pretende colocar os bolseiros contra esta organização estudantil.
Revelou, no entanto que, a UPRA entendeu optar pelo encerramento do ano lectivo, por estes se terem manifestado contra a subida das propinas no valor de 175.000 mil mensal.
O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) após tomar conhecimento do facto, condenou veementemente essa decisão e, pede urgentemente o posicionamento do Ministério do Ensino Superior, Justiça e dos Direitos Humanos, da Provedora de Justiça e demais órgãos competentes para que se reponha a justiça e a ordem.
"O Movimento de Estudante vai acompanhar de perto todo caso e promete levar o caso até as outras instâncias caso a Direcção da UPRA resista", assegurou o Secretário Nacional do MEA, Laurindo Mande.
Nesta terça-feira, 26 de Outubro, houve a detenção de cerca de 28 Estudantes Universitários da UPRA, durante uma manifestação contra a subida de propinas e emolumentos, falta de condições para além da proibição de entrada dos estudantes na referida instituição.
Algumas horas depois, a Esquadra do Talatona, soltou 24 dos 28 estudantes, sendo que, os outros 4 restantes serão julgados esta quarta-feira, 27, no Tribunal do Benfica.