Juristas ligados a associações cívicas angolanas advertem para a existência de uma janela legal para eventuais processos de impugnação das eleições em Angola, pela enorme quantidade de vícios e irregularidades do processo, como nomes de mortos nos ficheiros, o não cumprimento da lei orgânica sobre as eleições gerais e a não publicação das listas provisórias de eleitores.
O Departamento de Estado americano alertou nesta quinta-feira, 25, aos seus cidadãos para a possibilidade de mais protestos nos próximos dias em Luanda, à medida que são divulgados os resultados das eleições, um dia depois de o Governo dos Estados Unidos ter elogiado o povo angolano “pela sua participação no processo democrático”.
O MPLA venceu hoje as eleições gerais de Angola com 51,07%, seguido da UNITA com 44,05% dos votos, divulgou a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola, quando estavam escrutinadas 97,3% das mesas de voto.
O MPLA disse hoje que "tem maioria absoluta suficiente para governar tranquilamente" com a vantagem que leva nos resultados provisórios das eleições de quarta-feira, atribuindo a sua derrota pela UNITA, em Luanda, à "abstenção da sua base militante".