Ao grito de liberdade e a pé foi como o grupo de 11 ativistas angolanos, condenados em março por atos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores, deixou hoje o Hospital-Prisão de São Paulo.
A libertação dos 17 ativistas angolanos detidos há mais de um ano em Luanda, decidida hoje pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de Angola, "não deixa de ser uma decisão política" que resulta da "pressão", afirmou hoje Rafael Marques.
Familiares, amigos e advogados dos ativistas angolanos condenados em março a penas de prisão que chegam aos 08 anos e meio de cadeia estão concentrados no exterior do Hospital-Prisão de São Paulo, em Luanda, aguardando a libertação dos detidos.
'Habeas corpus' que estava por decidir desde abril
O Supremo Tribunal de Angola deu provimento ao 'habeas corpus' apresentado pela defesa dos 17 ativistas angolanos, condenados e a cumprirem pena desde 28 março por rebelião, e ordenou a sua libertação, anunciou à Lusa o advogado Michele Francisco.
Os advogados dos 17 activistas que cumprem penas de prisão de até oito anos e meio, por rebelião, informaram hoje à Lusa que vão pedir esclarecimentos ao Tribunal Constitucional sobre a possível libertação dos jovens.
Condenados a 45 dias de prisão por tentativa de suborno a agentes da Polícia Nacional, três cidadãos acabaram por ver a sentença convertida numa multa de mais de 46.000 Kwanzas.
Acórdão do Tribunal Constitucional decida que réus aguardem em liberdade condicional pelo julgamento do recurso pelo Supremo.