Expropriações de terrenos para projetos agro-industriais e repressão de opositores e jornalistas marcaram o ambiente social e político em Angola em 2017, com a crise económica em pano de fundo, refere o relatório anual da Amnistia Internacional (AI).
Ativistas e personalidades angolanas escreveram à Assembleia Nacional de Angola contestando a "amnistia" que está a ser preparada para o dinheiro que dizem ter sido ilicitamente desviado do Estado, numa posição já subscrita por mais de 300 pessoas.
Tendo em conta a falta de segurança e confiança nos órgãos vocacionados à manutenção da ordem e tranquilidade públicas, os munícipes do Lubango dizem já não acreditar nos serviços da Polícia Nacional.
Na pilhagem que tem sido levada a cabo em Angola, pouco se tem falado do extraordinário papel dos facilitadores portugueses, sobretudo administradores bancários, advogados e intermediários, na montagem de operações afins e o papel extremamente nefasto que desempenham em Angola, passando-se por superiores.
As chuvas que se fizeram sentir entre 13 e 19 de fevereiro em Luanda provocaram a morte de pelo menos 10 pessoas, além de milhares de casas inundadas, de acordo com os dados da proteção civil.
O jornalista angolano Rafael Marques alertou hoje que o poder judicial do país continua a ser utilizado contra quem denuncia, apesar do atual discurso de luta contra a corrupção promovido pelo novo chefe de Estado, João Lourenço.