As vítimas são Mapaxi Mulumba, 36 anos, e Maurício Caripa, 55. O segundo morreu na quarta-feira, no bairro Katinton, distrito urbano da Maianga, com um tiro na cabeça, disparado por um de quatro marginais que estavam em duas motorizadas e munidos de duas armas de fogo.
Maurício Caripa perdeu a vida às 17h40 quando, ao volante de uma motorizada, fazia parte de uma patrulha motorizada, que, na conhecida Rua do Tony Amado, constatou um assalto a uma carrinha Mitsubishi protagonizada por quatro marginais que pretendiam roubar um milhão e 200 mil kwanzas, cuja existência na viatura já era do conhecimento do grupo.
Maurício Caripa foi surpreendido pelos meliantes que dispararam à queima-roupa, tendo uma das balas atingido a cabeça.
Moradores da rua tentaram enviar a vítima para uma unidade sanitária, mas Maurício Caripa, que estava colocado na 19.ª Esquadra do Katinton, onde exercia a função de "rondante", acabou por morrer no local.
Maurício Caripa ingressou na Polícia Nacional em 1992, proveniente das FAPLA, extintas naquele ano na sequência da criação do exercito nacional único - as Forças Armadas Angolanas (FAA). Deixa viúva, 11 filhos e uma neta.
O corpo do agente foi sepultado sexta-feira, tendo o cortejo fúnebre saído da 48ª esquadra, localizada no município de Viana.
O bairro Katinton é uma das áreas habitacionais da província de Luanda onde marginais tiram frequentemente a tranquilidade à população.
Já o agente Mapaxi Mulomba, 36 anos, foi assassinado a tiro por volta das três horas da madrugada quando integrava uma patrulha automóvel adstrita à Esquadra da Vila Verde, município de Belas.
O agente morreu quando a viatura policial, em serviço de manutenção da ordem pública, neutralizou um grupo de sete marginais que roubava material de construção civil numa obra.
Os marginais, apercebendo-se da presença policial, fizeram disparos contra o veiculo e, na troca de tiro, alvejaram mortalmente o agente Mapaxi Mulomba.
O tiroteio aconteceu quando os meliantes já se retiravam do local carregado de material roubado da obra.
A directora do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente Engrácia da Costa, informou que, de 2013 a 2017, a Polícia Nacional perdeu mais de 100 efectivos no cumprimento do dever e um número não especificado ficou incapacitado.
Engrácia da Costa assegurou que a corporação vai continuar a trabalhar para manter a ordem e a tranquilidade públicas, daí ter solicitado à população a continuar a denunciar os criminosos.
Mapaxi Pascoal Mulomba ingressou na Polícia Nacional em Maio de 2013 e deixa viúva e dois filhos.
O crescimento demográfico da provincia de Luanda é um constante desafio para o comando provincial de Luanda da Polícia Nacional em virtude de terem surgido novos bairros na periferia da cidade de Luanda.
O crescimento demográfico põe ainda mais distante o rácio adequado ao número actual da população de Luanda, estimada em sete milhões de habitantes.
Mas a Polícia Nacional tudo tem feito para assegurar o sentimento de segurança nas comunidades, em algumas das quais foram construídas novas esquadras e instaladas esquadras móveis. A Polícia Nacional assegura que a criminalidade está controlada. JA