A responsável do consórcio, tutora do Plano, prestou estas informações à margem da apresentação do PDGL, tendo explicado que, com esses pilares pretende-se acautelar todos os serviços sociais, creches, escolas, clínica, estrada, água e luz, local de trabalho próximo dos cidadãos.
Já o segundo pilar, “nossa cidade bonita”, prevê preservar a beleza natural, cultural do meio ambiente por ser uma cidade mais histórica em África e das mais antigas, datando desde 1492 á chegada dos portugueses.
O terceiro e último pilar considerado o mais ambicioso, de acordo com Isabel dos Santos é “Luanda internacional”, em que se pensa uma cidade com papel em África e no mundo, uma cidade que se possa comparar com Paris, Joanesburgo e Rio de Janeiro, enfim uma cidade mundial, onde pessoas mais jovens, empreendedoras deverão saber como é que vêem e se revêem no mundo, ou seja a ambição para Luanda.
Explicou que o PDGML é um projecto que começou em 2009, com um concurso público realizado pelo Governo Provincial de Luanda, na tentativa de criar para a capital uma proposta com soluções de desenvolvimento e de crescimento integrado.
Em sequência disto foi apresentada uma proposta por vários consórcios em que a Urbinveste foi o vencedor em 2010, tendo o contrato sido firmado em 2013. Desde esta data foram já realizadas 400 reuniões com as comunidades, estudantes, sobas, moradores, empresas, comerciantes, membros do governo e analisados 20 mil documentos, com o objectivo de se estudar que Luanda terão os angolanos até 2030.
Segundo a directora, o projecto é faseado, durará 15 anos em que durante esse tempo todas as entidades, empresas de construção civil, Epal, Ende e outras, deverão fazer parte deste investimento que terá retorno e lucros para os presentes e para as gerações futuras.
Informou que a província de Luanda tem vários tipos de ocupação, entre os quais bairros antigos mais estruturados, alguns não estruturados, musseques estruturados enfim, é uma cidade que precisa ter uma regeneração urbana.
“Luanda cresceu muito rápido, as pessoas foram chegando e erguendo as suas casas e isso tem que ser respeitado, mas há aquelas outras pessoas que vivem em zonas de risco, nas valas ou linhas de água. A condição dessas pessoas tem que ser analisada e resolvida, encontrando uma equação para o realojamento em sítios mais seguros e acomodações mais condignas”, explicou.
Isabel dos Santos fez saber que será identificado o património cultural existente e ter-se uma estratégia da sua requalificação, antever por exemplo que edifícios antigos possam ser transformados em espaços de lazer como uma galeria de artes, restaurante, etc.
O PDGL resume os princípios orientadores que sustentam um crescimento consolidado e servirá de base às principais acções e objectivos a concretizar pelas instituições chave do Governo e departamentos municipais.
As acções serão articuladas através de programas faseados a implementar durante 15 anos, até 2030 e algumas execuções perdurarão para além desta data.
ANGOP