Zhao Haihan, primeiro secretário da embaixada da China em Angola, foi o porta-voz das críticas. Em declarações citadas pela agência Bloomberg, disse que a diplomacia chinesa mostrou “às autoridades” angolanas "provas" dos raptos, e inclusivamente ofereceu ajuda à Polícia, “mas ainda não se viu nada”.
“Cada dois dias”, afirmou, é um chinês é alvo de tentativa de rapto na capital. A situação é “uma séria ameaça” aos investimentos chineses no país. Angola é o principal parceiro comercial chinês, graças às exportações de petróleo para Pequim.
A Associação de Amizade China-Angola afirma que este ano já foram raptados 10 chineses. O total de resgates pagos ascende a 15 milhões de kwanzas (110 mil dólares).
Na segunda-feira, a Polícia Nacional de Angola anunciou o rapto de uma cidadã chinesa na centralidade do Kilamba (Luanda), “protagonizada por dois marginais, a bordo de uma viatura”.
Numa altura de “aperto” a nível económico e financeiro, Angola tem vindo a beneficiar de novos empréstimos da China para compensar a quebra das receitas petrolíferas.
AM