Em declaração à Angop, a entidade eclesiástica é de opinião que para um país saído de uma guerra fratricida como Angola, manifestações do género são susceptíveis de degenerar em actos de vandalismo capazes de comprometer o clima de paz e de reconciliação nacional, assim como a imagem dos próprios organizadores.
"Deixem a justiça fazer o seu trabalho ou colocar o assunto na agenda do parlamento a que a Unita se faz apresentar, ao invés de promover manifestações que nada resolvem senão cria mais confusão e comprometer a paz", acrescentou.
Disse não ser justo aproveitar-se do desaparecimento dos dois cidadãos que, na sua opinião, enluta todo o país, para se ganhar vantagens políticas, sublinhado que o normal seria exigir das autoridades a aplicação da lei contra os autores do presumível crime.
Segundo ele, a paz que se vive há onze anos é bastante jovem e carece de muito cuidado para que o país não volte a mergulhar em outro conflito bélico que pode inviabilizar tudo quanto se conseguiu e que orgulha a todos os angolanos.
Socorrendo-se numa passagem bíblica do São Paulo "quando era criança falava como criança e agora que sou adulto falo como adulto”, o reverendo disse ser tempo de se reflectir sobre os 38 anos que o país celebrou no dia 11 do mês em curso, que corresponde a uma idade adulta.
Aos políticos angolanos, em geral, o moderador do CICA em Cabinda apela ao bom senso e patriotismo para a consolidação da paz e democracia.
ANGOP