Por ocasião do 9 de Dezembro, Dia Internacional Contra a Corrupção, o procurador-geral adjunto da República e director nacional de investigação e acção penal e combate à corrupção, Pedro de Carvalho, assegurou que a nível do sector da justiça, ninguém é intocável.
Segundo este magistrado do Ministério Público, na luta contra a corrupção no País há processos de investigação contra magistrados, bem como contra outras entidades.
"A investigação de casos de corrupção não faz diferença entre magistrados ou não. A investigação, quando nos chega, independentemente do órgão em que este acto ocorra, a investigação é realizada. Há processos de investigação de magistrados por corrupção", afirmou.
Segundo a PGR, este ano foram instaurados 489 processos-crime e criminalidade conexa, sendo que em 51 houve acusação formal.
A PGR garante e reafirma continuar com as iniciativas em curso e assume o compromisso com a transparência, e o fortalecimento do Estado de direito.
Conforme o procurador-geral adjunto da República, o combate contra as práticas ilícitas continua a ser uma das prioridades do Estado, em articulação com os órgãos de justiça, visando maior transparência e rigor na gestão da coisa pública.
Em 2023, o Presidente da República, João Lourenço, encorajou a PGR a continuar firme no combate à corrupção.
Muito recentemente, o procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz, afirmou que para o êxito do combate à corrupção, a PGR conta com o apoio financeiro do Executivo.
"Não se combate a corrupção sem ter capacidade financeira para se poder fazer o trabalho. Tem de haver, da parte do Executivo, um grande apoio e disponibilidade para podermos ter as condições de trabalho que os magistrados merecem", salientou.

