A diplomata angolana fez esta afirmação na cerimónia de abertura do curso intensivo de combate à fraude fiscal e branqueamento de capitais, que decorreu na sede da Polícia Judiciária, que contou com a participação de 26 técnicos angolanos da Administ ra ç ã o Geral Tri butária, Serviços de Investigação Criminal, Procuradoria-geral da República (PGR) e dos Tribunais Superiores.
De acordo com a embaixadora Maria de Jesus Ferreira, Angola está, particularmente, empenhada no combate ao fenómeno de branqueamento de Capitais e participa activamente no cumprimento de acordos. “Implementamos leis e regulamentos mais rigorosos, promovemos a transparência nas transacções financeiras e fortalecemos as capacidades das instituições responsáveis pela prevenção e combate ao branqueamento de capitais. Sabemos que o combate a esse crime requer mais do que acções internas”, reconheceu.
Para Maria de Jesus Ferreira, Angola acredita, fortemente, ser fundamental desenvolver parcerias estratégicas, compartilhar melhores práticas e mobilizar recursos financeiros e técnicos, para fortalecer as capacidades dos países mais vulneráveis.
Promovido pelos Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime (UNODC), em parceria com os governos de Angola, Portugal, Itália, Brasil e Guiné Bissau, a acção formativa tem duração de uma semana.
Financiado pelo Governo japonês o curso tem como objectivo promover um diálogo interinstitucional e sinergias, de modo a fomentar a cooperação e alinhar estratégias no combate à fraude fiscal e ao branqueamento de capitais.
Durante cinco dias, vão debruçados temas relacionados com o "Conceito de Fraude Fiscal e Branqueamento de Capitais", "Tipologias e Esquemas Práticos de Fraude Fiscal" e "Branqueamento de Capitais".
Especialistas da Guardia di Finanza de Itália, Polícia Federal do Brasil e três instituições de referência em Portugal, como a Polícia Judiciária, Autoridade Tributária e Procuradoria Geral da República orientam a acção formativa.
