O governante destacou o papel da Plataforma Logística da Caála, na província do Huambo, que vai ser gerida pelo consórcio neerlandês Flying Swans e que está prevista começar a operar no próximo ano.
"O foco deste investimento é a compra de hortofrutícolas naquela zona. Mas eles não estão preocupados só em comprar, também vão capacitar desde os médio produtores até aos pequenos produtores familiares, dotando-os com técnicas de preparação dos solos, produção, tratamento, para que o produto final tenha qualidade", afirmou à agência Lusa.
Calumbo disse que 30 a 40% da produção de certos bens por alguns dos produtores de menor dimensão acaba por se estragar por falta de infraestruturas de logística e transporte para permitir a distribuição até aos consumidores.
A Plataforma Logística, vincou, vai permitir "aumentar a escala de produção dessas famílias, dessas empresas, para depois então exportarem para os Países Baixos". "
Estamos a falar de empregos, estamos a falar de uma escala diferente da nossa produção nacional, estamos a falar de exportação", afirmou.
Recentemente, a associação Agropecuária de Angola (AAPA), a empresa Westfalia e a Flying Swans assinaram um acordo para criar um centro de armazenamento de frio para exportação de abacate produzido por pequenos e médios produtores na região.
O secretário de Estado lembrou que Angola é o maior produtor de bananas em África e sétimo a nível mundial, produzindo cerca de quatro milhões de toneladas por ano, cultiva arroz, cereais, citrinos e tem potencial para desenvolver outros frutos.
Calumbo falava à margem da Cimeira sobre África 2024 organizada pelo jornal Financial Times e que dedicou uma sessão ao Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária estratégica com mais de 1.300 quilómetros que atravessa Angola, ligando o porto do Lobito à Zâmbia, atravessando também o sul da República Democrática do Congo (RDCongo).