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Quarta, 07 Agosto 2024 12:25

Professor confundido com ladrão é torturado e morre no hospital

Um professor, de 37 anos de idade, morreu, nesta segunda-feira, no Hospital Central do Lubango, horas depois de ter sido brutalmente espancado, quando supostamente foi confundido com um meliante, ao “invadir” acidentalmente uma residência no bairro Machiqueira.

Trata-se de um caso que viralizou nas redes sociais, onde aparece a vítima em vídeos com os pulsos e pernas amarradas, ferimentos nos rosto e a ser espancada com um cinto.

As investigações da Polícia Nacional (PN) revelam que o cidadão, por volta da madrugada, embriagado, dirigia-se à sua residência, mas supõe-se que tenha se enganado e entrou em casa alheia, onde foi confundido com um invasor, amarraram-lhe e agrediram-lhe com objectos.

Em declarações hoje, quarta-feira, à ANGOP, o chefe do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) da Huíla, superintendente Pedro Cassoma Mendes, afirmou que a vítima foi ainda levada à 3ª Esquadra por dois suspeitos, no sábado de manhã, mas pelo estado a polícia manteve-os sob custódia e o professor levado ao hospital.

Depois disso, segundo a fonte, a PN remeteu os indivíduos ao Ministério Público (MP), tendo em conta os factos colhidos no momento avaliou os factos e provas iniciais e remeteu a um juiz de garantias, que os mandou em liberdade com o termo de identidade e residência.

 “Posteriormente tomamos conhecimento que a vítima tinha acabado de falecer e a PN voltou a fazer uma informação sequencial ao MP e o mesmo emitiu mandado de detenção contra três dos cidadãos, de 23, 26 e 29 anos, que inicialmente são suspeitos de terem praticado a agressão”, manifestou.

Explicou que os cidadãos detidos não estavam em fuga, porque quando se apresentaram na esquadra estavam sobre custódia, mas depois de libertados aperceberam-se do mandado de captura e dois apresentaram-se voluntariamente.

Fez saber que o terceiro cidadão, irmão dos dois detidos já foi localizado e a qualquer momento poderá ser detido.

Por sua vez, o advogado Aldair Pedro, ao falar em nome dos seus constituintes, referiu que os mesmos estão a ser acusados do crime de ofensas graves à integridade física, punível nos artigos 161, número 01, alínea b), que acabou por causar a morte do cidadão.

“Tratar-se de uma situação de invasão de domicílio pela madrugada, e por se tratar de um bairro perigoso, pela residência já ter sido visitada por assaltantes duas vezes, naquele dia os filhos estavam em casa e procuram defender-se”, argumentou.

A vítima deixa viúva e três filhos menores.

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