Sábado, 10 de Agosto de 2024
Follow Us

Terça, 06 Agosto 2024 00:09

Isaac dos Anjos defende pragmatismo para “não afugentar” investimento

O secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo, Isaac dos Anjos, afirmou, este fim-de-semana, que Benguela continua a ser “um mercado apetecível”, mas alerta que é preciso mais pragmatismo nas decisões para “não afugentar” os investidores.

Isaac dos Anjos falava na cidade do Lobito, província de Benguela, a propósito da inauguração do Residencial “BelleVue”, com 22 apartamentos T2, T3 e T4, num investimento privado do empresário suíço-angolano Etienne Brechet.

Após lamentar as dificuldades por que o investidor suíço-angolano passou para concluir esta obra, o secretário do Chefe de Estado para o Sector Produtivo elogiou o investimento feito no Lobito.

Na sua opinião, os negócios atraem mais gente qualificada, reclamam mais qualidade dos investimentos e requerem [das autoridades competentes] decisões pragmáticas, sob pena de "afugentar o investimento".

É nesse sentido que pediu desculpas por todos os entraves levantados no decurso desta obra, ora inaugurada na Restinga do Lobito, cinco anos depois.

Isaac dos Anjos admite “surpresa” ao tomar conhecimento de que havia sete anos que o empresário suíço-angolano lutava para obter a autorização de construção desta obra na Restinga.

“Ultrapassados os empecilhos técnicos, foi emitida a licença de construção e, quando a obra já ia no quarto piso, novos constrangimentos são levantados”, assinalou.

Em causa, explicou, estava um embargo imposto que, mesmo sujeito à decisão judicial ratificada, só foi levantado dois anos depois, com todos os prejuízos daí decorrentes.

“A persistência e a resiliência comandam o espírito e só uma educação forjada com espírito missionário permitiu saber esperar e vencer pela razão”, frisou, numa clara referência ao espírito empreendedor de Etienne Brechet, que não desistiu ante dificuldades.

Reconhecido papel do governador de Benguela face ao “litígio”

E o secretário do PR enalteceu a forma como o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, interveio na resolução do “litígio”, possibilitando assim que a obra fosse retomada e finalizada.

“O governador de Benguela, imbuído do espírito empresarial, conseguiu, por fim, desatar o nó e autorizar o então administrador do Lobito, Evaristo Calopa Mário, que a obra viesse a ser concluída com êxito”, reconheceu.

“Mas têm sido tão difíceis as situações por que temos passado nestas terras de Benguela só por querer fazer obras que não se escondem”, assumiu, declarando que mais um prédio está erguido, desta feita na Restinga, para os que não acreditam.

Precisou ainda que essa obra soma-se aos quinze edifícios construídos para o pessoal do Porto do Lobito, no bairro da Luz, e aos sete nos arredores da cidade de Benguela, num projecto de 21, concebido enquanto era governador de Benguela.

Apologista de um ambiente de negócios amigo do investimento privado, Isaac dos Anjos lembrou que as obras referenciadas marcam um período da sua passagem pelas lides governativas da província de Benguela.

“Aos empresários que acabaram prejudicados pelo facto de terem aceite investir a pedido do engenheiro, vai a nossa palavra de agradecimento pela correção e a certeza de que estaremos sempre disponíveis para os defender com a razão”, garantiu.

Mercado apetecível

Isaac dos Anjos dá a entender a importância de se aproveitar as oportunidades de investimentos, já que Benguela continua a ser um bom lugar para se investir e o Corredor do Lobito uma plataforma de desenvolvimento que fará da Restinga a nossa “Manhattan”.

Igualmente dá conta de mais investimentos em curso para infra-estruturas de um novo pólo industrial no Biópio e Culango, onde estão previstos novos projectos habitacionais.

Associado a isso, notou, está a futura Estrada Circular de Benguela, já aprovada pelo Executivo angolano, que levará a integração no turismo das baías da Equimina, dos Elefantes e da Binga.

Diz-se optimista de que estas baías são um espaço para o investimento privado com garantias de retorno, devido a uma população de turistas que desde os Grandes Lagos procuram novos destinos.

Rate this item
(0 votes)