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Sexta, 12 Julho 2024 19:06

Petrolífera Etu Energias lucrou 130 milhões de euros em 2023 um amento de 83%

A Etu Energias de Manuel Vicente, maior petrolífera privada angolana, alcançou resultados líquidos, em 2023, de 140,8 milhões de dólares (130,1 milhões de euros), mais 83% que no ano anterior, indicou hoje o presidente do conselho de administração.

Segundo Edson dos Santos, 2023 foi o melhor ano da história da empresa, há 24 anos no mercado angolano, destacando o aumento da produção de ano para ano, com uma produção diária de 13 mil barris de petróleo no ano passado.

Em 2023, foi registado um aumento dos custos operacionais em 12%, maioritariamente nos blocos não operados, mas também a redução dos custos de produção.

Com operações em cinco blocos e um potencial de 50 mil barris diários, a Etu Energias tem igualmente participação em sete blocos e operações essencialmente no município do Soyo, província do Zaire.

Edson dos Santos frisou que 2023 foi o ano de maior faturação da empresa, com o registo de 210 milhões de dólares (194 milhões de euros) contra os 204,8 milhões de dólares (189,2 milhões de euros), em 2022.

O presidente da Etu Energias realçou que influenciaram nos resultados as aquisições de 20% de participação da Total há dois anos, frisando o contributo de 73 milhões de dólares (68,2 milhões de euros).

Para este ano, a perspetiva de produção está em torno de 24 mil barris de petróleo diários, com os novos investimentos, entre os quais os três blocos petrolíferos anteriormente detidos pela Galp Energia, nomeadamente no Bloco 32, Bloco 14 e Bloco 14K, no offshore de Angola.

“Hoje falamos de diversificação, de distribuição, de energias renováveis, mas a exploração e produção de petróleo ainda representa mais de 90% das nossas receitas”, vincou.

No setor da distribuição, a empresa conta atualmente com três postos de abastecimento, que pretende estender para 40 nos próximos quatro anos em todo o país, com aposta também na energia fotovoltaica, prevendo uma produção até um megawatt para fornecimento de três campos de produção.

De acordo com Edson dos Santos, a empresa tem recorrido a “muito financiamento” internacional, destacando a importância da transparência nesse sentido.

Edson dos Santos frisou que a banca nacional é mais propensa a financiar projetos de capital menor, destacando que para a aquisição das participações da Galp contou com apoio de dois bancos locais.

“Os financiamentos internacionais na Etu Energias antigo Somoil passam um bocadinho acima dos 500 milhões de dólares e são eles que nos têm apoiado nesta viagem de expansão de negócios, através da aquisição de ativos em Angola”, referiu.

Relativamente à intenção de entrada em bolsa, Edson dos Santos frisou que o processo decorre, começando por melhorar a transparência, frisando a mudança para um auditor internacional, a Ernest & Young.

Por sua vez, o administrador Fernando Hermes salientou que a empresa está num processo de “saneamento”, adiantando que o auditor apresentou um conjunto de reservas, “e não se vai a uma bolsa com essa situação, por causa da perceção do investidor”.

“A empresa optou a sua política contabilística pelo normativo internacional IFRS [Financial Reporting Standards] como seu standard, isso traz um outro desafio e promove a transparência”, sublinhou.

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