Este projeto, que conta também com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi inicialmente desenhado para dar resposta à pandemia da covid-19, disse a ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, quando intervinha hoje na abertura do encontro do Comité de Direção do PRS.
Segundo Sílvia Lutucuta, o PRS, planificado para um período de dois anos de implementação, atualmente na sua fase inicial de coordenação e operacionalização, foi estruturado para fortalecer o sistema de saúde, dar resposta às necessidades atuais de saúde do país, bem como para melhorar a saúde e o bem-estar da população angolana.
De acordo com a ministra da Saúde, o comité de direção do PRS, que deverá reunir-se trimestralmente, tem a tarefa de acompanhar o progresso da implementação das atividades do PRS, “assegurando uma comunicação eficaz entre todas as partes envolvidas e elaborando recomendações pertinentes para o sucesso do projeto”.
A ministra da Saúde angolana frisou que o aumento significativo, os custos e gastos domésticos com a saúde, tanto pública como privada e a consequente sobrecarga do sistema de saúde angolano foram desafios provocados pela pandemia da covid-19.
“Torna-se assim fundamental, agora mais do que nunca, agirmos para mantermos os ganhos alcançados, transformando as lições aprendidas em ações assertivas para o alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável”, salientou.
“Deste mondo, espera-se que este empréstimo soberano de 50 milhões de euros e a doação de 4,5 milhões de euros, ambos do BEI, contribuam para Angola fortalecer o sistema de saúde, através da aquisição de vacinas, medicamentos e outros meios para garantir o acesso aos cuidados de saúde de todos os cidadãos, particularmente a nível dos cuidados primários de saúde”, acrescentou.
A titular da pasta da Saúde agradeceu ao PNUD o apoio técnico que forneceu em todas as etapas do processo de negociação, bem como o importante papel da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a subvenção de 2,5 milhões de euros para assistência técnica, que deverá complementar os esforços do projeto junto do Ministério da Saúde e do PNUD.
“Em tempos de desafios globais como os que enfrentamos atualmente, a resiliência em saúde torna-se uma prioridade, este projeto representa um compromisso significativo para fortalecer a capacidade de resposta dos nossos sistemas de saúde às necessidades atuais e recuperar as coberturas e as intervenções de saúde, particularmente da saúde materna e infantil, da nutrição e da luta contra as grandes endemias”, realçou.
Sílvia Lutucuta reafirmou “o forte compromisso do Ministério da Saúde de Angola em continuar a trabalhar com competência e profissionalismo com os parceiros do Projeto de Resiliência de Saúde, no sentido de responder aos desafios atuais de saúde, para assim construir uma sociedade angolana mais próspera e com maior equidade”.