Além da província onde se localiza a capital angolana, também Moxico, Benguela, Cuando-Cubango, Huambo, Cunene, Huíla, Lunda Sul, Lunda Norte, Zaire, Bengo, Malanje e Namibe se juntaram à manifestação, que os organizadores dizem ser “pacífica” e que “visa exigir direitos”.
O aumento do preço da gasolina, no início do mês, devido à retirada parcial das subvenções aos combustíveis, já motivou protestos e confrontos com a polícia em várias províncias angolanas, que resultaram em pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos e detidos.
Um manifesto divulgado na página de Facebook da organização cívica Mudei apela à “solidariedade social” e à cidadania sob a forma de ações coletivas para combater as “injustiças” que consideram estar a afetar várias classes, das 'zungueiras' (vendedoras ambulantes) aos taxistas que “não receberam a isenção anunciada ao aumento do preço da gasolina”.
A nota destaca a "crise humanitária à escala nacional" apontando a "omissão" do Estado angolano "que recorre à repressão e à violação explícita de direitos fundamentais quando as vozes cidadãs se fazem ouvir".
O manifesto sobre a manifestação nacional de 17 de junho é subscrito por 16 organizações cívicas espalhadas pelo país e por 46 ativistas e membros da sociedade civil.
Duas organizações partidárias – a JURA, braço juvenil da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição) e o Bloco Democrático – anunciaram que apoiam a iniciativa e convidaram os seus militantes e simpatizantes a participarem.
Já a UNITA anunciou que não vai aderir oficialmente aos protestos, mas disse que os seus militantes "são livres de individualmente participarem" na manifestação.