O detido, de 33 anos, é efetivo da Polícia Nacional de Angola, e fez as acusações no programa “Tem a Palavra”, da RTP África, e, segundo uma nota de imprensa do SIC, a que agência Lusa teve hoje acesso, tem o posto de agente de primeira, colocado na Unidade de Polícia de Segurança Pessoal de Entidades Protocolares, no departamento de Relações Públicas.
O SIC destaca na nota que pela “gravidade dos factos” procedeu a investigações que culminaram com a localização e consequente detenção do indivíduo acusado dos crimes de Ultraje ao Estado, seus Símbolos e Órgãos, “consubstanciado na produção verbal de falsas declarações, informações caluniosas e difamatórias contra instituições do Estado (Tribunal Supremo, Ministério do Interior e SIC)”.
De acordo com a nota, o acusado confessou o crime, alegando que “foi um ato espontâneo, apenas com o intuito de sujar o Estado angolano, com realce para a instituição SIC, no alegado envolvimento no narcotráfico de seus membros, estimulado pelas notícias que acompanha por via das redes sociais, não conhecendo nenhum dos juízes do Tribunal Supremo, muito menos efetivos seniores do SIC, porquanto, que tudo o que declarou foi por inspiração nas afirmações de outros participantes do programa e das redes sociais”.
O cidadão detido, informa ainda o SIC, será presente ao Ministério Público.
Em declarações à imprensa, o acusado disse que estava consciente de que a sua ação poderia causar-lhe problemas, mas justificou a denúncia: “quis exprimir sobre essa dureza e essa tristeza que vivemos no seio da corporação”.