A organização disse que durante a operação foram incendiadas 16 casas e outra propriedade pessoal incluindo cobertores, roupa e contentores de água.
“Mbapamuhuka Caçador de cinco anos de idade desapareceu depois de uma rusga a 12 de Outubro pela Polícia de Intervenção Rápida que foi despoletada por uma disputa de terras”, diz a AI.
“Os residentes receiam que o rapaz possa ter sido queimado vivo numa das casas atacadas pela polícia nas suas acções violentas contra a comunidade”, continua o comunicado em que o director para a África Oriental e Austral, Muleya Mwananyanda, sublinha que o desaparecimento da criança “equivale a desaparecimento forçado o que é um crime ao abrigo da lei internacional”.
“É também profundamente preocupante que a polícia tenha feito uso de tanta força e brutalidade para resolver um assunto doméstico”, acrescenta Mwananyanda.
A AI pede uma investigação imparcial, independente e transparente ao incidente.
A organização assegura que a operação policial “foi dirigida pelo filho do Sr. Cunha, o antigo (falecido) chefe provincial da polícia na província do Namibe”
“O ataque foi levado a cabo em nome da viúva do Sr. Cunha, Antónia Fernanda como parte de uma campanha para anexar à força terra da comunidade mocubal adjacente à sua propriedade comercial agrícola”, acusa a organização.
A AI conclui que cinco pessoas foram presas durante a operação mas foram posteriormente libertadas. VOA