As declarações que Angola24Horas teve acesso, de Timóteo Miranda, lembram que o presidente da República, João Lourenço numa jogada mal elaborada com os vícios a mostra, fez a lei voltar no Parlamento, uma lei que não deveria sair nunca, da Assembleia Nacional com aqueles ataques cardíacos a bem dita democracia.
Um aspecto que este refere ter chamado a sua atenção, é que a lei voltou como previsto, numa discussão ferrenha que o presidente do MPLA teve com o presidente da República, tendo este por último decidido a sua retomada.
"A verdade é que a lei está devolvida; e agora? Vamos esperar mais a discussão e aprovação para depois nós irmos fazer manifestação? Eu acho que devemos ser precisos e acertivos, e que neste exacto momento devemos exigir a abertura da lei para a sociedade civil opinar sobre o que pensa a respeito da lei, bem como equilibrar a balança nos pontos apresentados", aponta Timóteo Miranda.
Com a auscultação pública, observa, nós estaremos a lançar um barómetro sobre a capacidade de ouvir e validar as opniões dos outros por parte dos nossos dirigentes, o que seria um exercício pleno de democracia.
Para os activistas cívicos, como não está a se partir por este caminho, de um lado por não estarem a pressionar ou então pela vontade das elites políticas, acham que seria bom e poderão traçar pautas reivindicativas que influenciem na lei.
"Como disse um ancião da política nacional: [ontem a fraude era por estrutura, hoje quer se legalizar] ", recordam acrescentando que, com leis e instituições viciadas não podemos ir às eleições.
Timóteo Miranda apela às demais organizações e activistas para apresentarem uma propostas de lei enquanto sociedade civil e avança que, se as mesmas propostas não forem tidas nem achadas, devem ainda activar outros mecanismos necessários para exigir mudanças na CNE, Tribunal Constitucional e noutras instituições.
Referem que deverão exigir a paridade na CNE, incorporação de membros independentes na CNE, contagem municipal e a publicação das actas sínteses no local e desencorajar a Casa Civil do Presidente da República de controlar os centros de escrutínio.
Uma outra medida, tem que ver com a exigência de implementação de novas empresas tecnológicas, que não estejam implicadas em escândalos de corrupção, além de exigir a revisão da CNE e do Tribunal Constitucional, bem como a exoneração de "Manico" e da presidente do Tribunal Constitucional angolano, Laurinda Cardoso.
"Com isto estaremos a fazer bem o nosso trabalho enquanto SociedadeCivil, tocando a música para outras organizações políticas. Sem estratégias não vamos longe", adiantam.