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Segunda, 27 Setembro 2021 10:58

Eleições 2022: Activistas angolanos buscam por agendas cívicas que encurralem o MPLA

A 30 de Agosto passado, foi relançada a discussão da fraude eleitoral, fruto de uma pressão contínua entre as forças vivas da Sociedade Civil que posteriormente desembocou para os partidos políticos.

As declarações que Angola24Horas teve acesso, de Timóteo Miranda, lembram que o presidente da República, João Lourenço numa jogada mal elaborada com os vícios a mostra, fez a lei voltar no Parlamento, uma lei que não deveria sair nunca, da Assembleia Nacional com aqueles ataques cardíacos a bem dita democracia.

Um aspecto que este refere ter chamado a sua atenção, é que a lei voltou como previsto, numa discussão ferrenha que o presidente do MPLA teve com o presidente da República, tendo este por último decidido a sua retomada.

"A verdade é que a lei está devolvida; e agora? Vamos esperar mais a discussão e aprovação para depois nós irmos fazer manifestação? Eu acho que devemos ser precisos e acertivos, e que neste exacto momento devemos exigir a abertura da lei para a sociedade civil opinar sobre o que pensa a respeito da lei, bem como equilibrar a balança nos pontos apresentados", aponta Timóteo Miranda.

Com a auscultação pública, observa, nós estaremos a lançar um barómetro sobre a capacidade de ouvir e validar as opniões dos outros por parte dos nossos dirigentes, o que seria um exercício pleno de democracia.

Para os activistas cívicos, como não está a se partir por este caminho, de um lado por não estarem a pressionar ou então pela vontade das elites políticas, acham que seria bom e poderão traçar pautas reivindicativas que influenciem na lei.

"Como disse um ancião da política nacional: [ontem a fraude era por estrutura, hoje quer se legalizar] ", recordam acrescentando que, com leis e instituições viciadas não podemos ir às eleições.

Timóteo Miranda apela às demais organizações e activistas para apresentarem uma propostas de lei enquanto sociedade civil e avança que, se as mesmas propostas não forem tidas nem achadas, devem ainda activar outros mecanismos necessários para exigir mudanças na CNE, Tribunal Constitucional e noutras instituições.

Referem que deverão exigir a paridade na CNE, incorporação de membros independentes na CNE, contagem municipal e a publicação das actas sínteses no local e desencorajar a Casa Civil do Presidente da República de controlar os centros de escrutínio.

Uma outra medida, tem que ver com a exigência de implementação de novas empresas tecnológicas, que não estejam implicadas em escândalos de corrupção, além de exigir a revisão da CNE e do Tribunal Constitucional, bem como a exoneração de "Manico" e da presidente do Tribunal Constitucional angolano, Laurinda Cardoso.

"Com isto estaremos a fazer bem o nosso trabalho enquanto SociedadeCivil, tocando a música para outras organizações políticas. Sem estratégias não vamos longe", adiantam.

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