Durante os protestos apareceram no local, vários elementos da Polícia de Intervenção rápida, incluindo brigadas a cavalos, dispersando os manifestantes, com recurso à granadas de gás lacrimogéneo, e também disparos.
Segundo a Sociedade Civil Contestatária, a referida manifestação, tem como principal objectivo exigir alternância do poder em Angola, particularmente a retirada do MPLA, partido do governo há mais de 40 anos, cujas acções e políticas de governação ao longo deste período, não oferecem dignidade ao povo.
A mesma actividade pacífica, neste data de celebração dos 60 anos que marcam o início da Luta Armada de Libertação Nacional, juntou centenas de cidadãos angolanos, de várias localidades de Luanda, expectantes com dias melhores, afirmando em altas vozes "é o fim do MPLA, o povo já acordou".
Enquanto isso, informações que chegam de outros pontos dão conta que, cerca de 10 activistas que se pretendiam juntar ao grupo concentrado na Santa Ana, foram detidos e estão sendo levados para parte incerta.
"Estão a nos levar para direcção do Dondo. Estão de máscara, tem 6 policiais dentro do carro, não dizem o nosso destino. Socorro", denunciam.
Segundo o activista Mutu Muxima, hoje, é um dos dias mais esperado da juventude angolana que pensa em uma Angola justa e melhor para todos, pois neste dia 4 de Fevereiro, a juventude consciente da RESISTÊNCIA ATÉ VENCER, está nas ruas para usar a sua única arma que é a VOZ, e dizer bem alto: 45 ANOS É MUITO, MPLA FORA.
O activista apelou as figuras como Joana Lina, Paulo de Almeida, João Lourenço e todos os policiais, de modo geral que hoje estarão espalhados nas ruas de Luanda, e demais províncias, no sentido de deixarem os jovens manifestarem-se em paz, cujo direito está plasmado na constituição da República de Angola, no seu artigo 47.
"Não manchem mais as vossas mãos de sangue, o poder não é para sempre, a vida não é para sempre. E um dia, o maior juiz do mundo, é quem vos vai julgar", exortou.