No final da semana passada, notícias veiculadas davam conta de que os generais “Kopelipa” e “Dino”, constituídos arguidos a 30 de Setembro último, renderam-se à pressão judicial e sinalizaram a sua disponibilidade para entregar um universo de activos avaliados em mais de mil milhões de dólares.
De acordo com a fonte do Angola24Horas, a Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou, após a recepção que o grupo Zahara Comercial, passe ao Ministério da Indústria e Comércio de Angola como fiel depositário deste.
A entrega formal do referido grupo empresarial, feita por “Kopelipa”, foi alegadamente uma iniciativa deste mesmo alto funcionário e braço direito de JES, quando outros sócios, inicialmente se recusavam a aceitar a posição deste, pelo argumento de que esta rede de supermercado, foi erguida com um empréstimo do Banco Atlântico, e não com fundos públicos, embora entendam que a maior preocupação do Estado terá sido os incentivos fiscais.
Salienta-se que, a rede destes supermercados é a que mais teve privilégios ou incentivos fiscais por parte do antigo executivo de José Eduardo dos Santos, porque o KERO está isento no imposto industrial que obriga as sociedades comerciais no pagamento de 30% dos seus lucros ao Estado.
A título de exemplo, em 2016, segundo dados, JES aprovou seis decretos a favor de empresas do grupo Zahara, como incentivos fiscais e aduaneiros, cuja medida foi justificada como benefícios aduaneiros, nos termos da lei do investimento privado, naquela altura.
De referir que, o grupo Zahara é detido pelo grupo Aquattro Internacional, entidade pertencente a Manuel Domingos Vicente, Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, Leopoldino do Nascimento “Dino” e ao coronel João Manuel Inglês, antigo assistente de “Kopelipa”.