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Segunda, 28 Setembro 2020 15:45

Afonso Nunes nega ter recebido dinheiro do Estado e chama nome ofensivo à fonte de informação

"Não recebi nenhum dinheiro da Sonangol, não é por causa do jornal de um mendigo que o Tocoísmo vai a baixo"

O Bispo da Igreja Tocoista, Dom Afonso Nunes, respondeu às acusações, neste domingo, 27/09, enquanto dirigia o culto no seu templo, em simultâneo à Rádio Tocoísta, afirmou que não tem nada a esconder, não recebeu dinheiro e que não tem nome na lista dos devedores da Sonangol.

Em sua abordagem, de acordo com a fonte do Angola24Horas, o referido bispo  questionou sobre quantos tocoístas foram queimados vivos, tendo o tocoísmo continuado, para além de observar que um jornal de um mendigo não poderá exercer qualquer pressão que acabasse com esta denominação religiosa.

"Então um jornal dum menino mendigo é que vai acabar com o Tocoísmo? Não acaba nada. Quanto mais falas isso estás a evangelizar a favor do Tocoísmo e do seu líder", garantiu Dom Afonso Nunes, inquerindo junto dos fiéis, insistentemente se acreditavam nisto.

“Eu não escondo nada, nada. Não recebi dinheiro, não tenho nome na lista dos devedores da Sonangol, não tenho lá nome. Se quiserem eu mando três ou quatro fiéis buscar esse menino e virem aqui, para apresentarem a lista onde eu estou e chamarem lá o PCA da Sonangol que me deu dinheiro para estar aqui”, desafiou o líder Tocoísta.

Em causa está o facto de que uma fonte da Sonangol, revelou que Dom Afonso Nunes, terá recebido cerca de 55 milhões de dólares da estatal angolana Sonangol EP, em 2012 para além de 100 milhões de kwanzas do governo do Uíge para construir o Instituto Superior, afecto àquela igreja, como gesto de gratidão pelo trabalho da "bajulação" que prestava ao ex-presidente José Eduardo dos Santos, nos seus cultos e nas suas aparições públicas em que orientava o sentido de voto dos seguidores, ao MPLA.

"É um valor bastante elevado para uma doação. Na lista dos devedores desta empresa estatal consta o nome do Bispo Afonso Nunes, mais por orientação do partido MPLA, o nome não pode sair, porque a igreja do bispo ainda é uma célula activa do partido" revelou a fonte.

Refere-se igualmente que o dinheiro que esta igreja recebeu da Sonangol, serviu para construir o ISPT, tendo outra parte seguido um caminho que ninguém conhece, numa altura em que factos apurados dão conta de que, os membros daquela igreja, não têm coragem de pedir contas ao Bispo Afonso Nunes.

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