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Sábado, 15 Agosto 2020 11:48

Tribunal poderá impedir eleições do Conselho da Juventude e punir Comissão Eleitoral

O Tribunal Provincial de Luanda, pode, à qualquer altura, impedir que se realizem as eleições presidenciais do Conselho Nacional da Juventude, previstas para 27 do mês corrente, devido a supostas irregularidades e vícios no processo.

Segundo constatou Angola24Horas, em conferência de imprensa da Brigada Jovem de Literatura Angolana (BJLA), realizada nesta sexta-feira, 14, sobre a reposição da candidatura do seu indicado, Mário Lourenço, as reclamações continuam junto da Comissão Eleitoral, que por sua vez se mantém em silêncio no que respeita a aprovação da candidatura.

Em declarações, o porta-voz da brigada, Camilo Sapula, afirmou que a Comissão Eleitoral tem conhecimento de todas irregularidades constatadas na candidatura de Isaias Calunga, inscrito pela Une-Angola, já com a campanha eleitoral lançada há dias, e insiste ainda assim em realizar as eleições com o único candidato, voltando mais uma vez a atropelar os termos estatutários do CNJ.

O responsável avançou igualmente que, a BJLA, já providenciou uma cautelar junto do Tribunal de Luanda, entidade que poderá tratar deste assunto com a Comissão Eleitoral, presidida por David Mendes que insiste em validar uma candidatura com vícios, podendo com isto o tribunal responsabilizar a comissão e impedir que as eleições sejam realizadas neste clima de desentendimento entre as associações.

A BJLA, segundo informou, cumpriu com todos requisitos exigidos para se candidatar à presidência do CNJ, estando nela a integrar 13 associações que terão indicado Mário Lourenço, associações que desta forma, desafiam a Comissão Eleitoral do Conselho da Juventude, a provar que não foi comprado para recorrer ao chumbo do "Trio" e proteger Isaias Calunga.

Refira-se que, durante a Conferência de Imprensa, na presença do Presidente Executivo, da Brigada Jovem de Literatura Angolana, Nicolau da Conceição (Kudijimbe), chegou uma carta da Comissão Eleitoral, assinada não pelo Presidente David Mendes nem pelo seu vice mas por outra pessoa, carta alegadamente intimidatória, que para a brigada serve como mais uma prova.

Em Julho último, um artigo posto a circular nos meios de comunicação social, dava conta de que o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), tem actuado como instrumento propagandístico do MPLA, por não abordar, na maior das vezes, assuntos de que se revêem todos jovens angolanos e nem geram em torno dos objectivos principais da própria organização.

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