Quinta, 28 de Março de 2024
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Domingo, 05 Janeiro 2020 01:15

Isabel dos Santos: Arresto de bens em Portugal "não parece ser um cenário viável"

Isabel dos Santos acredita que as autoridades portuguesas darem início a uma operação de arresto de bens a pedido de Luanda "não parece ser um cenário viável" e assegura que os investimentos que fez "são em empresas portuguesas com pouca ou nenhuma ligação a empresas angolanas".

Em entrevista ao Público , por escrito, a filha de José Eduardo dos Santos explica que o arresto de bens "não tem nenhum impacto ou efeito em investimentos fora de Angola, pelo que não produz efeito, direto ou indireto, em Portugal ou em outros países".

Isabel dos Santos revela que o arresto de bens implica um "património superior a dois mil milhões de euros, pelo que satisfaz, em excesso, a medida preventiva requerida".

O Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária angolana Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e Mário da Silva, além de nove empresas nas quais detêm participações sociais.

Um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola refere que o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos intentou uma providência cautelar de arresto no Tribunal Provincial de Luanda contra Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário Filipe Moreira Leite da Silva.

De acordo com a PGR, Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, e Filipe da Silva celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal.

A nota adianta que com a Sonangol foi constituída a sociedade Esperaza Holding BV, detendo a petrolífera 60% do capital social e a Exem Energy BV, empresa que Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário da Silva são beneficiários efetivos, com 40%. TSF

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