Fonte do Jornal de Angola explicou que este encontro visa apenas promover um acordo amigável entre as partes, sem a necessidade de se chegar à fase judicial.
“Como o Direito do Trabalho é um ramo especial, não se permite, às vezes, que os casos vão já a julgamento sem que se dê, primeiro, possibilidades às partes de chegarem a um acordo”, frisou.
Os pastores, com idades compreendidas entre 28 e 35 anos, decidiram intentar a acção contra a Igreja Universal por terem sido afastados das funções, sem justa causa, dez anos depois de a servirem exclusivamente.
Caso se chegue à conclusão, neste encontro, que a Igreja Universal deve indemnizar os pastores e, por razões que vierem a alegar, não aceitar fazê-lo, o caso vai subir para a fase judicial, já com um parecer desfavorável do Ministério Público contra a igreja, adiantou a fonte.
Este é o segundo processo judicial que a Igreja Universal enfrenta em Angola, em menos de três meses. O primeiro foi relativo a uma queixa-crime apresentada contra si na Procuradoria Geral da República (PGR), a 6 de Março, por um ex-pastor, que diz ter sido afastado das funções de forma desumana, um mês depois de aceitar fazer, a pedido da instituição, a operação de vasectomia, que o deixou infértil.
O pastor Alfredo Ngola Faustino adiantou ao Jornal de Angola que decidiu avançar com o caso à PGR, depois de ficar a saber, através de um exame de espermograma, que a operação de vasectomia a que se submeteu, em Setembro do ano passado, o deixaria infértil para o resto da vida, e não apenas durante um período de seis meses ou de um ano, como lhe foi prometido.
Ouvido na altura, o porta-voz da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, Jimi Inácio, admitiu a existência da prática de vasectomia dentro da Igreja, mas sublinhou que não é obrigatória. O responsável da IURD garantiu que os pastores são livres de fazer ou não a operação.