A pobreza acompanhará os angolanos durante muito tempo, “com perdas sociais anexadas relevantes e inviabilizadoras do vencimento do seu ciclo vicioso”, conclui o Relatório Social de Angola da Universidade Católica angolana.
A componente social do sistema nacional de vida está um caos, quase a completarem-se 50 anos depois do histórico 11 de Novembro de 1975. Como a economia está verdadeiramente encravada, o social ressente-se, explode com a pobreza e rebenta com a miséria.
Aplicado a Angola, o índice de miséria atingiu 55,4 pontos percentuais em Março, resultado de uma taxa de inflação anual de 24,9% e de uma taxa de desemprego de 30,5%.
O Governo angolano assumiu hoje que a pobreza multidimensional no país se tenha “agravado para mais de 54%”, sobretudo devido as “dificuldades impostas pela covid-19”, que se juntam ao “excesso de chuvas, à seca e outras calamidades”.
A Organização Não-Governamental (ONG) Amigos de Angola considerou hoje que o Orçamento do Estado para o país este ano é negativo porque vai manter a pobreza, o desemprego e as desigualdades no território angolano.