A tentativa de reconciliação entre as partes desavindas da Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) voltou a falhar, indicou hoje o grupo de Ngola Kabangu, depois de Lucas Ngonda ter decretado rutura do processo de diálogo.

Fernando Pedro Gomes, líder de uma das alas da FNLA, acusou hoje o Tribunal Constitucional (TC) de inviabilizar o processo de reconciliação interna no partido, ao não reconhecer o congresso realizado por si, em Luanda.

A criação do Bairro dos Ministérios divide inclusive a oposição. A UNITA e a CASA-CE entendem ser inoportuno, ao contrário do porta-voz da FNLA.

Os mais de 300 militantes da FNLA provenientes de todas as províncias do País que estiveram acampados cinco meses ininterruptos à frente da sede do partido, em Luanda, para exigirem a demissão do presidente Lucas Ngonda, já regressaram às suas províncias de origem.

Depois de o Tribunal Constitucional ter declarado inválidos o II Congresso Extraordinário da FNLA, realizado em Junho do ano passado, na cidade do Huambo, bem como todos os actos e deliberações adoptados no conclave, Lucas Ngonda e a sua direcção recuaram da sua anterior decisão de afastar membros do Comité Central que contestam a liderança.