O Presidente angolano, João Lourenço, pediu hoje desculpas em nome do Estado angolano pelas execuções sumárias levadas a cabo após o alegado golpe de 27 de maio de 1977, salientando que se trata de "um sincero arrependimento".
O representante do MPLA na comissão de reconciliação das vítimas dos conflitos em Angola disse hoje que todas as contradições relativas ao 27 de maio foram ultrapassadas, e acusou “gente de fora” de recusar o perdão.
A Plataforma 27 de Maio, que congrega sobreviventes e órfãos do alegado golpe de Estado, acusa o Governo angolano de “encenar” uma homenagem às vitimas com fins de propaganda e anunciou a desvinculação da Comissão de Reconciliação.
O Governo angolano vai realizar pela primeira vez, em 44 anos, uma cerimónia para assinalar o 27 de Maio, uma alegada tentativa de golpe de Estado, que deverá reunir sobreviventes e órfãos, de acordo com o programa governamental.
A Plataforma 27 de Maio defende que o presidente angolano, João Lourenço, na qualidade de mais alto representante da nação e do partido do poder, MPLA, deve pedir desculpas públicas às vítimas da tentativa de golpe de Estado conhecida como “27 de Maio de 1977”.