O Grupo Parlamentar da UNITA, em defesa dos seis deputados, adiantou que a acção dos deputados se enquadra no exercício legítimo da função fiscalizadora consagrada na Constituição da República de Angola e no regimento da Assembleia Nacional.
Segundo a UNITA, os deputados agiram no exercício do seu dever constitucional de fiscalização, especialmente após denúncias sobre "o tratamento indigno" dado aos corpos na Morgue Central de Luanda.
De acordo com o principal partido da oposição, o seu Grupo Parlamentar vai incrementar as actividades de controlo e fiscalização e realizar novas visitas de constatação a todas as morgues e outras instituições saúde.
A UNITA diz que a visita à Morgue Central de Luanda evidenciou uma situação alarmante de degradação das instituições de saúde pública, desumanização dos serviços públicos e prática reiterada de actos de corrupção.
"A situação que constatámos na Morgue Central de Luanda é repugnante e assemelha-se mais a um mercado a "céu aberto" do que a uma morgue no verdadeiro sentido da palavra, numa das fases mais importantes, que antecede o repouso no campo santo", diz um relatório síntese dos seis deputados.
A 9ª Comissão, de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Nacional, vai ouvir o vice-presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, o deputado Olívio Quilumbo, e os deputados Paulo Faria, Clementina Silva, Irina Diniz Ferreira e Maria Monteiro. NJ