A informação foi prestada, esta sexta-feira, pela embaixadora de Angola na Itália, Fátima Jardim, durante uma aula magna subordinada ao tema “Agostinho Neto, a Itália e os Movimentos de Libertação de Angola”, coorganizada pelas as Universidades Roma Tre, Universidade de Estudos Internacionais de Roma UNINT, a Comuna de Roma, através do 8º Município e a Missão Diplomática de Angola.
De acordo com a diplomata angolana, as autoridades de Luanda já concederam autorização para a atribuição do nome do estudante italiano a uma rua da capital angolana.
“Piero Bruno participou naquilo que hoje é Angola independente e podemos dizer sim que ele foi um herói e hoje está na História de Angola”, afirmou a embaixadora Fátima Jardim.
O evento teve lugar no Largo frontal ao Instituto Técnico Armellino, onde Piero Bruno estudou, na zona da Basílica Papal São Paulo Extramuros.
Neste Largo foi descerrado o busto do poeta e primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, inaugurado, em Junho último, pela sua viúva Maria Eugenia.
Fátima Jardim disse que “com Piero Bruno, estudantes, Universidades e com o município, se pode fazer deste largo um instrumento de oportunidade internacional e também de apreciação de um processo e projecto comum entre Angola e a Itália”.
Com a participação dos estudantes do Instituto Técnico Armellino e das universidades Toma Tre e UNINT foi também enaltecida a personalidade de Agostinho Neto.
Sobre Neto falaram a reitora da Universidade de Estudos Internacionais de Roma (UNINT) e coordenadora da Cátedra Maria Eugenia Neto, a professora Mariagrazia Russo e o professor Giorgio De Marchis, director da Cátedra Agostinho Neto da Universidade Roma Tre.
Participaram no evento o presidente do Município de Roma VIII, Amedeo Ciaccheri, o professor Francesco Celentano, Director do Instituto Técnico Armellino, e as professoras Analisa Tota, pró-reitora da Universidade Roma Tre, e Antonella Ercolani, pró-reitora da UNINT para além dos antigos colegas de Piero Bruno, diplomatas e membros da comunidade angolana.
Piero Bruno foi assassinado no dia 22 de Novembro de 1975, em Roma, por disparos da polícia, durante uma manifestação de apoio à luta do povo angolano, que teve uma ampla convergência de forças democráticas italianas.
A polícia tentava dispersar os manifestantes diante da Embaixada da actual RDC em Roma.